quarta-feira, 24 de agosto de 2011

#Part 8: Despedida.


A semana foi passando e chegara o dia da viajem e a tristeza tomava conta de mim. Passaria o dia inteiro com ele, então acordei cedo, fiz minha higiene matinal e logo Justin chegou e entre um abraço sussurrei:
Eu: bom dia.
Ainda abraçados ele também sussurrou:
Justin: bom dia princesa. Já tomou café?
Eu: ainda não.
Justin: então me faça companhia – segurou minha mão e saímos.
Tomamos café, assistimos a uns filmes e almoçamos. Conversa vai, conversa vem, já era o finalzinho da tarde. Durante o dia inteiro ele me fez esquecer que iria viajar à noite. Minha expressão de felicidade começou sumir.
Justin: ei, o que foi?
Eu: você viaja agora pela noite. Esqueceu?
Justin: não me lembre. Nos veremos só... Sei lá quando.
Ficamos em silencio, apenas encarando o nada.
Pattie: o que aconteceu?
Justin: nada mãe, porque aconteceria alguma coisa? – ele falou meio frio.
Pattie: não precisa falar assim. Eu entendo vocês... Ficar longe um do outro. Mas olhem pelo lado bom!
Justin: que lado?
Eu: nós vamos – pausei – Pattie, tem certeza que existe um lado bom?
Pattie: mas isso não vai impedir o namoro de vocês!
Eu: nós não namoramos.
Justin: ainda não – sussurrou.
Eu: o que você disse?
Justin: nada, eu só pensei alto – desconversou.
Pattie: mas eu ouvi um “ainda...
Justin: eu não disse nada! – falou interrompendo-a – o que vamos jantar?
Pattie: a sua comida favorita: Espaguete a bolonhesa. Tomem banho, o jantar ficará pronto em meia hora.
Fui tomar banho, fiquei pensando em Justin que daqui a algumas horas estará a quilômetros de distancia de mim. Minhas lágrimas foram caindo, meus olhos ficaram um pouco vermelhos. Sai do banho e coloquei uma roupa e calcei um all star. Justin bateu na porta e logo fui ao seu encontro.
Justin: vamos jantar e – ele fez uma pausa mudando de assunto – você estava chorando?
Eu: deu pra perceber? – falei olhando pra baixo.
Justin: não fica assim! Você vai ver como vai passar bem rápido! – ele levantou minha cabeça e beijou minha testa – mesmo eu estando longe, não vou te deixar, entende?
Apenas assenti com a cabeça. Abracei-o praticamente me prendendo em seus braços e ele abraçou mais forte ainda.
Eu: ok, já to sem ar – brinquei.
Justin: engraçadinha...
Então ele começou fazer cócegas em mim. Eu ria muito... Na verdade eu tava chorando de rir.
Justin: é esse sorriso que eu quero. Nada de lágrimas, combinado?
Eu: vou tentar.
Justin: tentar? – fez uma cara de cachorro abandonado.
Eu: não faz essa cara. Eu vou me empenhar. Prometo!
Justin: vou confiar hein? Vamos descer.
Eu: pode confiar. Vamos sim, estou com fome.
Durante o jantar conversamos e rimos muito. Aquilo estava perfeito. Depois que terminamos de comer Pattie subiu para fazer umas ligações enquanto eu e Justin fomos assistir Bob Esponja.
Justin pegou uma almofada e fez sinal para eu deitar em seu colo. Deitei e ele acariciando meus cabelos.
O tempo voava e lá estavam eles se preparando pra ir para o aeroporto. Tudo o que precisariam já estava organizado em seu devido lugar. E a hora que eu tanto temia, se aproximou de forma assustadora. Meu coração batia cada vez mais rápido, um nó na garganta e uma imensa vontade de chorar. Minha cabeça começava doer e Justin ficou do meu lado o tempo inteiro me dando força. Lágrimas começaram brotar em seus Lindos olhos, passei minha mão em sua face limpando suas lágrimas e o mesmo ele fazia em mim.
Eu: desculpa.
Justin: desculpar o que?
Eu: não consegui não chorar.
Justin: você gosta de quebrar regras não é senhorita Elizabeth?
Eu: as regras são feitas unicamente para serem quebradas!
Justin: espertinha.
Pattie: o papo tá bom, mas tá na hora.
Eu: tchau Pattie. Sentirei saudades. A gente se vê em breve.
Pattie: tchau Lizzy. Você é uma querida! Vou sentir muito sua falta – abraçou-me
Justin: pode ir mãe. Não vou demorar.
Pattie: tudo bem. Tchau novamente Lizzy.
Eu: tchau! – ela foi e logo entrou no carro.
Justin: então é isso. Até a volta e não se esquece deste garoto aqui.
Eu: será impossível te esquecer.
E aquele seria o nosso ultimo abraço. Um abraço confortante, mas ao mesmo tempo devastador. Beijei sua bochecha e larguei de seus braços. Ele saiu lentamente e olhando para trás. Eu só queria chorar, nada mais.
Justin: tchau Lizzy – gritou.
Eu: tchau Justin – gritei de volta e num sussurro disse – volta logo por que eu te amo.
Deram partida e levaram aquele Lindo garoto dos olhos castanhos. Sua voz constante em minha cabeça e lagrimas caindo sem eu ter o controle sobre elas. Minha mãe chegou e logo me abraçou.
Jay: meu amor, não fica assim. Ele voltará logo.
Ela me levou pra casa e eu subi para meu quarto, fui direto para o banheiro e afundei naquela jacuzzi até o pescoço. Relaxei um pouco, sai e logo fui dormir.
Acordei com meu celular tocando e não sabia onde eu havia deixado.  Meus olhos estavam inchados e minha vista um pouco embaçada o que dificultava a localização do barulhento.  Enfim o achei. Uma voz conhecida dizia carinhosamente: Bom dia! – reconheci sua voz.
Eu: bom dia Justin – falei meio rouca por ter terminado de acordar.
Justin: acordei você?
Eu: bem, já ia levantar. Então, como foi a viajem?
Justin: dormi o tempo todo. E ai, alguma novidade?
Eu: nada, a não ser que todos devem estar comentando que você viajou – dei uma risada – e por ai?
Justin: é bem capaz. Ah por aqui tudo calmo mesmo. E só me preparando pra grande estréia.
Eu: e falar nisso: boa sorte!
Justin: obrigado. E vai fazer o que agora pela manhã?
Eu: deixa eu ver... Acho que nada. Ficarei no tédio mesmo.
Justin: até então estamos empatados. Mas depois do almoço terei ensaios, ensaios e mais ensaios! Vou dar o meu melhor.
Eu: é assim que se fala. Seu show será um sucesso. Sem dúvidas. Com a graça de Deus.
Justin: amém!
Eu: a gente se fala mais tarde, ok? Vou tomar um banho e tomar café.
Justin: ok ate mais tarde. Beijos.
Eu: beijos.
Desliguei e fui tomar banho, vesti uma roupa confortável e desci pra tomar café.
O dia foi super chato: assistir filmes, bob esponja, comer fast food e ficar sentada o dia todo. Muitas pessoas implorariam por uma vida assim, mas eu já estava cansada de fazer nada. Liguei pra Suzan que sempre tinha idéias geniais. Bem nem sempre. Ela chegou rápida e logo começou o falatório.
Suzan: o que a senhorita Lizzy quer fazer hoje?
Eu: você é a rainha das idéias! Diga-me o que faremos.
Suzan: vamos ficar sentadas e pensar!
Eu: tá de brincadeira, não é? – serrei os olhos.
Suzan: vamos para uma praça, sorveteria... Cinema?
Eu: fico com a praça ou a sorveteria. Já cansei de assistir... Tipo assim: TUDO!
Suzan: então vamos pra sorveteria e na volta a gente passa pela praça.
Eu: ok vou tomar um banho e me arrumar. Fica a vontade, você já sabe. Não demoro.
Suzan: é bom mesmo.
Subi e tomei um banho rápido, coloquei uma roupa qualquer e desci. Avisei pra mãe que sairia um pouco pra dar uma relaxada. Sai de casa e fomos pra sorveteria.
Suzan: olha ali o Mark todo atrapalhado – ela gargalhou.
Eu: Suzan, você é mau. Coitado dele, e a propósito, você não deveria estar trabalhando?
Suzan: ah é, esqueci de te contar. Esse era meu “trabalho” temporário, ou melhor, meu castigo.
Eu: como assim?
Suzan: escola, notas baixas, pais revoltados é igual a trabalho de castigo.
Eu: ninguém mandou não se esforçar – dei de ombros.
Suzan: Lizzy! Pensei que você, MINHA AMIGA, fosse me apoiar – falou incrédula.
Eu: é isso mesmo. Mas o importante é que você já saiu do castigo.
Suzan: as coisas são assim. Um dia amigas e outro só Deus sabe – choramingou.
Eu: não seja dramática! – dei um tapinha em seu braço.
Suzan: eu não sou dramática, você que é muito má. Mas deixa pra lá. Vamos pedir logo.
Eu: e ainda diz que não é dramática – sussurrei.
Suzan: o que?
Eu: nada, vamos logo pedir – desconversei.
Pedimos sorvete e outras guloseimas. Suzan estava passando mal por ter comido aquelas coisas, eu estava um pouco enjoada. Liguei pra mãe nos buscar, pois sozinha não iria conseguir levar Suzan pra casa. E minha mãe ainda riu da situação... Ela disse que nós estávamos bêbedas de sorvete. Deixamos Suzan em casa e fomos embora.
Subi, tomei um banho, deitei, meus olhos pesaram e logo adormeci.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

#Part 7: Quase um beijo.

Entramos em nossos quartos. Tomei um banho relaxante, não muito demorado. Coloquei uma roupa e fui ao terraço ver o que Justin tinha pra me falar. Fui chegando de vagar e Justin estava encostado na rede de proteção, pigarreei e ele voltou-se para mim.
Eu: então, o que queria me dizer?
Justin: eu vou sentir muito a sua falta – me abraçou fortemente.
Eu: vou sentir sua falta, muito mesmo – sussurrei ainda abraçada nele.
Seu cheiro me invadia. Fechei os olhos e apenas curtir aquele longo abraço. Sentia-me segura. Ouvia o som do seu coração que batia na mesma aceleração  que o meu. Justin me afastou e ficamos frente a frente nos encarando. Começamos nos aproximar lentamente e quando estávamos quase nos beijando, Pattie abre a porta do terraço.
Pattie: Justin onde você... O que vocês estão fazendo aqui?
Justin: nada mãe, só estávamos sem sono.
Pattie: crianças, não fiquem aqui, está frio e vocês vão se resfriar.
Justin: tudo bem mãe. E não somos mais crianças. Vamos Lizzy.
Eu: vamos né.
Descemos e cada um foi para seu quarto. Justin havia inventado a história de “nós não estávamos sem sono”. Estávamos quase dormindo, porém despertamos em nosso quase beijo. E o que foi isso? Tudo tão intenso, sua respiração e a minha tornaram-se uma só e quase por um triz sentiria seus lábios colados nos meus. A cena se repassava em minha mente, fui ao banheiro que havia no quarto, lavei meu rosto e me olhei no espelho. Justin e eu? Como assim? Felicidade e frustração: Ambos sentimentos estampados em minha face. Voltei ao quarto me jogando na cama e voltava tudo de novo em minha mente. Fiquei pensando nisso ate que peguei no sono. Acordei cedo apesar de ter dormido um tanto tarde. Fiz minha higiene matinal e desci para tomar café.
Eu: bom dia Pattie!
Pattie: bom dia Lizzy, dormiu bem?
Eu: sim e você?
Pattie: dormi bem.
Eu: e Justin?
Pattie: ainda está dormindo, pode ir chamá-lo para tomarmos café?
Eu: claro, volto logo.
Subi as escadas e cheguei no corredor do quarto dele. Bati na porta e ouvi um “entre”.
Eu: Justin, sua mãe pediu pra você descer para tomarmos café da manhã – terminei de falar e vi que ele estava apenas com uma toalha envolvida em sua cintura.
Justin: ok desço em cinco minutos. Me espera? – falou pegando o secador.
Eu: pode ser. – fique observando discretamente cada centímetro do seu corpo. Nem percebi o tempo passando.
Justin: vamos.
Eu: vamos lá – sorri de canto.
Justin colocou sua mão em minha cintura e descemos. Não dei uma só palavra enquanto descíamos. Chegamos, tomamos café, fiquei mais algumas horas ali e fui embora. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

#Part 6: Mais festas.

Cada vez mais estava chegando o dia em que Justin começaria sua jornada de shows. Podíamos ver a plena alegria em seu rosto. Sua euforia contagiava a todos e seu sonho estava se realizando intensamente.
Faltava apenas uma semana para ele viajar, estava começando sentir um vazio que nem a musica conseguiria preencher. Tudo começou a partir da nossa amizade, mas tudo estava muito confuso, sentia que ele queria dizer algo, mas estava inseguro para falar, coisa que antes nunca havia acontecido.
Estávamos focados na festa de despedida, tudo começou com um simples jantar e depois sim rolou a festa de verdade. Suzan não pôde ir, pois estava doente. Já Justin dançava, corria, pulava, abraçava todo mundo. Ele estava realmente se divertindo. Acompanhar seu ritmo era difícil, consegui por um bom tempo, mas teve a hora que foi impossível. Sentei num dos pufes. Logo Justin sentou comigo.
Eu: cansei, meus pés doem.
Justin: agora que a festa tá começando?
Eu: só pra você... Olha em volta: todo mundo praticamente morto!
Justin: ainda tenho bastante gás.
Eu: então usa esse gás pra tomar um banho e ir dormir. Não sei você, mas eu vou fazer isso.
Justin: fica mais um pouco. Você nem vai dormir em casa...
Eu: mas Justin... Eu fico só se for sentada – fiz bico.
Justin: não precisa. Eu carrego você e a gente dança.
Eu: que pique. Não vai rolar, já estou com sono. Podemos dançar amanhã.
De repente aparece uma menina ao lado de Justin e pergunta:
Garota: oi Justin!
Justin: oi Margot! – abraçou a vadiazinha, quer dizer a tal Margot.
Margot: então... Quer dançar?
Eu: ah desculpa, eu vou dançar com ele agora – levantei rapidamente e abracei o corpo suado de Justin.
Margot: ah, tudo bem. Vou pegar um ponche. A gente se vê.
Justin: ok.
Eu: tchau Margot – falei num tom de deboche.
Margot saiu e Justin logo falou:
Justin: o que foi isso? A meio segundo disse que tava cansada e agora do nada resolve dançar.
Eu: é que de repente me deu uma vontade de dançar
Justin: estranho.
Eu: vamos dançar ou não?
Justin: vamos sim e...
Pattie: acabou a festa!
Justin: mãe, mas agora que a festa tá começando – fez um bico gigante.
Pattie: já são quase duas da madrugada. Amanhã vocês dançam, agora vão tomar banho e dormir.
Justin: tá mãe. A senhora manda.
Eu: bem, vou tomar banho.
Justin: espere, eu vou com você.
Eu: seu quarto tem banheiro.
Justin: não é isso. Eu quero falar com você.
Eu: não pode ser amanhã?
Justin: não pode! Depois que tomar banho vai ao terraço.
 Eu: ok, mas não demora.
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Huuum, o que será que vai acontecer? Cometários e saberão*-* 

#Part 5: Aniversários.

E assim os meses iam se passando. Logo chegava janeiro, mês do meu aniversário, faria quinze anos. Não quis uma festa com todas aquelas coisas cor de rosa, nem gostava de rosa mesmo e também não teria a menor graça sem meu pai. Sendo assim mamãe organizou uma festa pequena. Convidei apenas Justin, Suzan e uns amigos deles: Chaz, Chris, Ryan, Jéssica, Felipe, Anne, Jason, Kevin e Jeniffer. Conversamos, jogamos, comemos, dançamos, enfim uma pequena festinha só pra meu aniversário não passar em branco. Já passava da meia noite e saímos e conversamos um pouco mais.
Eu: então pessoal todos vocês vão para o acampamento?
Felipe: eu queria ficar aqui com você Lizzy, mas minha mãe praticamente me obrigou. – falou sentando-se ao meu lado envolvendo seus braços em minha cintura.
Justin: ô Lipe, tira as mãos da Lizzy, por gentileza! – falou serrando os olhos.
Felipe: calma Justin, não sabia que vocês namoravam.
Eu: mas nós não namoramos.
Felipe: então não tenho por que tirar as mãos dela – falou e voltou me abraçar.
Eu: mas não quer dizer Lipe lindo, que você pode vir assim me abraçando – me afastei dele.
Justin: vem pra cá Lizzy, ele é tarado. Eu te protejo dele – gargalhou.
Sentei perto de Justin, ele me abraçou e afagou meus cabelos. Arrepiei e ele percebeu e deu uma pequena risada.
A única que ficaria comigo seria Suzan, todos os outros iam para o tal acampamento menos Justin e Jessica que iriam pra turnê.
E aos poucos todos foram embora. Justin ficou um pouco mais. Entramos, pois estava começando esfriar, Atlanta era quente, mas depois da meia noite quem ficasse na rua congelava.
Eu: ai meu Deus. Que frio lá fora, vamos pra lareira – falei passando a mão em meu braço.
Justin: vamos sim, mas isso é estranho...
Eu: o que?
Justin: lareiras aqui... Quem olha diz que vocês são loucas, por que é tanto calor.
Eu: mas é frio aqui de noite...  Tem os dias de chuva e por ai vai.
Justin: pois é, mas mesmo assim é estranho. – sorriu de canto.
Conversamos muito e acabamos pegando no sono lá no sofá mesmo. Estava com minha cabeça no ombro de Justin. Acordamos com o celular dele tocando, era Pattie ligando preocupada por ele ainda não ter chegado em casa. Justin falou que tinha pegado no sono e avisou que iria neste instante para casa.
O abracei e beijei sua bochecha e ele fez o mesmo.
Justin: Boa noite – sussurrou em meu ouvido.
Eu: boa noite também – sussurrei e ele se arrepiou.
Justin saiu e logo fui me arrastando para meu quarto.
Meses se passando, chegava março e logo no primeiro dia era o aniversário de Justin. Foi uma festa grande... Três dias precisamente. Muita gente, brincadeiras, musica até alguém ficar surdo e muita comida. Todos exaustos de três dias seguidos de festa. Confesso nunca ter me divertido tanto. Depois de tudo, vinha o descanso. Todos dormindo um por cima do outro, muita bagunça, mas em compensação existiam sorrisos felicíssimos no rosto de cada um. 

#Part 4: O teste.

A tão esperada quinta feira chegou: finalmente o dia do meu teste. Estava muito ansiosa, mamãe tentava me acalmar, mas era em vão. Entramos no carro e fomos direto pra gravadora. Chegamos e fomos diretamente para uma sala. Entrou um homem e começou falar:
Homem: meu nome é Zac e eu vim ouvir e ver – ele fez uma pausa e olhou numa prancheta – Elizabeth Cowper. E você deve ser a mãe dela Janeth Cowper.
Eu: oi Zac, tudo bom? Pode me chamar só de Lizzy – apertei sua mão e dei dois beijos em suas bochechas.
Zac: tudo ótimo. Ok então Lizzy.
Jay: prazer, Janeth – mamãe o mesmo que eu fiz.
Zac: o prazer é meu. Bem vamos lá. O que você vai cantar?
Eu: No one – Alicia Keys.
Zac: ótimo, eu amo essa musica – ele fez um movimento engraçado com as mãos.
Comecei cantar:

I just want you close
Where you can stay forever
You can be sure
That it will only get better

You and me together
Through the days and nights
I don't worry 'cause
Everything's gonna be allright

People keep talking
They can say what they like
But all I know is
Everything's gonna be allright

No one, no one, no one
Can get in the way of what I'm feeling
No one, no one, no one
Can get in the way of what I feel
For you, you, you
Can get in the way of what I feel for you

When the rain is pouring down
And my heart is hurting
You will always be around
This I know for certain

You and me together
Through the days and nights
I don't worry 'cause
Everything's gonna be alright

People keep talking
They can say what they like
But all I know is
Everything's gonna be alright

No one, no one, no one
Can get in the way of what I'm feeling
No one, no one, no one
Can get in the way of what I feel
For you, you, you
Can get in the way of what I feel

I know, some people search the world
To find something like what we have
I know, people will try
Try to divide something so real
So 'till the end of time
I'm telling you
That no one

No one, no one
Can get in the way of what I'm feeling
No one, no one, no one
Can get in the way of what I feel for you

oh oh oh...

Terminei de cantar e ele ficou olhando pra mim sem dizer uma palavra sequer.
Eu: e então? Como eu fui? Bem, mal...
Zac: Perfeita!
Eu: sério?
Zac: muito sério. Parabéns Lizzy. Sua voz é incrível. Enfim o contrato está aqui.
Eu: obrigado Zac! Muito obrigado!
Ele saiu da sala, sentei e mal podia acreditar. Foi tudo tão surreal. Estava pasma e de repente deu um pulo e abracei minha mãe.
Jay: Parabéns Lizzy! Você conseguiu... Estou tão feliz por você! Que orgulho.
Eu: obrigado mãe! Eu te amo muito – abraçamo-nos e depois de algum tempo voltamos pra casa. Estava louca pra contar tudo para Justin. Sai de casa e fui atrás dele, fui correndo e aviste-o de longe e gritei.
Eu: Justin! – acenei.
Justin: Oi Lizzy! Como foi o teste?
Eu: eu passei – disse ofegante.
Justin: que bom! Estou muito feliz por você ter conseguido... Mas já escolheram a garota – falou num tom triste.
Eu: mas já?
Justin: sim, a Jessica Jarrell.
Eu: mas... Tudo bem. Ela canta super bem, será muito legal – sorri.
Pattie: Justin, você tem que se arrumar.
Justin: já vou mãe. Lizzy tenho que ir. Tarde de autógrafos.
Eu: ah, ok – beijei sua bochecha e ele fez o mesmo – tchau!
Justin: tchau.
Estava triste, queria muito abrir os shows, cantar com Justin e principalmente: Estar do lado dele. Fui pra casa, tomei um banho, jantei e fui dormir.

#Part 3: Encontro.

Fui para o meu quarto e a imagem de Justin veio em meu pensamento, sacudi a cabeça na tentativa frustrante de tirá-lo da mente. Seus olhos, sua boca, na verdade ele todo. Não sei o que se passa comigo, só sei que nunca senti uma sensação tão forte assim. Forte e muito boa. Tomei banho, fiz um make básico e me troquei. Desci e comi pizza. Avisei para mamãe que estava indo dar uma volta, ela assentiu e então sai.
Estava na calçada e escuto alguém me chamar, uma voz conhecida, aquela que não saia da minha cabeça.
Eu: oi Justin! – o abracei.
Justin: vamos à sorveteria?
Eu: vamos sim. – não estava com fome, pois já tinha lanchado, mas sorvete é sempre bom e agora tinha a companhia de Justin.
Andamos duas quadras, chegamos à sorveteria e logo fomos atendidos por uma moça.
Justin: Oi Suzan, como está?
Suzan: Estou bem, e você?
Justin: estou ótimo, praticamente no paraíso.
Suzan: que profundo. E quem é ela? Nova namorada? – falou se referindo para mim.
Justin: ah é verdade, esta é Lizzy e ela não é minha namorada. Nos conhecemos hoje.
Suzan: desculpa. Prazer em conhecê-la – sorriu gentilmente.
Eu: não foi nada. O prazer é meu – nos abraçamos.
Suzan: bem vou ao trabalho antes que o Mark venha falar no meu ouvido. Então vão querer o que?
Justin: um sorvete de algodão doce e pra Lizzy – fez uma pausa e perguntou – Lizzy, o que você vai querer?
Eu: hum vou querer um sorvete de baunilha.
Justin: é isso.
Suzan: trago num instante.
 Ela saiu e Justin puxou assunto.
Justin: como é morar no Brasil? Os olhos dele estavam brilhando, eu não consegui segurar uma leve risada.
Eu: é legal. Existem muitas e muitas praias, o clima é muito bom, o pessoal é meio louco, mas apesar de tudo são legais – dei uma risada alta.
Justin: agora percebi a loucura do povo brasileiro – ele riu igual a mim.
Eu: acho que você é brasileiro...
Justin: por quê? – ele falou sem entender.
Eu: deixa pra lá... O sorvete já tá vindo.
Justin: oba. Já estava na hora.
Suzan: bom apetite.
Tomamos o sorvete e conversamos sobre a mudança em sua vida e como ele estava reagindo a tudo. Saímos da sorveteria e caminhamos ate uma praçinha e ficamos apenas observando as pessoas ali. O silencio que eu achava perturbador tornou-se natural. Estávamos um bom tempo na praça e já estava escurecendo. Quebrei o silêncio naquele instante.
Eu: Justin, já está escurecendo. A hora passou depressa.
Justin: nossa, nem percebi. Vamos pra casa.
Eu: vamos. Adorei passar essa tarde com você.
Justin: eu também adorei ficar com você... Quer dizer não ficar ficando... To falando de ter passado à tarde com você – respirou quase sem fôlego.
Eu: não precisa explicar, eu entendi o que você quis dizer – gargalhei e ele ficou vermelho.
Chegamos na minha casa dei um beijo em sua bochecha, nos despedimos e entrei.
Jay: Você e o Justin estão namorando? – perguntou minha mãe logo que eu entrei.
Eu: oi pra senhora também mãe – falei com sarcasmo.
Jay: Lizzy, você é muito nova para namorar.
Eu: mãe eu e o Justin não estamos namorando. Nem nos conhecemos direito.
Jay: mas você tem uma queda por ele, não é?
Eu: mãe! Por favor. Se acontecer alguma coisa entre o Justin e eu a senhora será a primeira a saber.
Jay: você fala como se já fosse gente grande. Você tem apenas quatorze anos.
Eu: e você tá agindo como uma adolescente!
Jay: olha como fala.
Eu: não falei nada demais – dei de ombros.
Jay: dá logo um abraço antes que fique de castigo.
Abracei-a e subi para meu quarto, tomei um banho e dormi cedo mesmo.

sábado, 23 de julho de 2011

#Part 2: Vida nova.

Jay: Lizzy acorda já chegamos.
Eu: espera ai mãe, já vou.
Jay: menina levanta logo... Deixe de ser preguiçosa.
Eu: calma mãe, só estava brincando – dei uma risada meio alta.
Jay: vamos logo, você tem que ver a casa, conhecer os vizinhos e...
Eu: calma mãe. Vou ter tempo de sobra pra conhecer a casa e os vizinhos.
Jay: ok então.
Pegamos um taxi por volta das 10h30min da manhã e chegamos à casa nova. Era gigante, além de ser muito linda. Entramos e olhamos tudo, mãe tem um ótimo gosto. Digamos que ela é uma apaixonada por casas: tanto na decoração quanto na arquitetura. Entrei no meu quarto e tinha tudo: uma cama linda e confortável, um closet gigantesco, um computador, um banheiro com tudo, e o mais importante: um piano. Agora sim, estava tudo Perfeito.
Resolvi sair e ver como eram aqueles vizinhos de quem mamãe tanto falou. Vi uma mulher com um cachorro ela veio ate mim e me deu boas vindas, eu agradeci e ela foi embora. Adorei o cachorro dela. Andei um pouco mais e vi um garoto, ele estava agitado, meio que gritando e parecia muito feliz. Fui passando e ele pegou nos meus braços. Fique muito assustada, mas já estava quase rindo dele então perguntei:
Eu: para! Me solta, o que pensa que está fazendo?
Apareceu uma mulher e disse:
Mulher: Justin, o que é isso? – ela falou meio zangada, parecia tão assustada quanto eu pela reação do tal Justin.
Justin: desculpa mãe, é que ela estava passando e pensei que era outra pessoa.
Mulher: você não tem que pedir desculpas pra mim e sim pra – ela parou e perguntou - como é seu nome?
Eu: sou Elizabeth, mas pode me chamar só de Lizzy.
Mulher: muito prazer Lizzy, sou Pattie. Então Justin, o que você ia dizer?
Eu: o prazer é todo meu – sorri.
Justin: oi, desculpa Lizzy. Você se assustou? – ele riu de canto.
Eu: não precisa pedir desculpa, e eu me assustei, mas só um pouco.
Pattie: bem, vou entrar, e ate logo querida.
Eu: ate logo – sorrimos.
Justin: bem como ouviu sou Justin, apesar daquilo agora pouco, ate que eu sou legal, e espero não ter te assustado mesmo, tipo você pode estar pensando agora que eu sou maluco ou coisa assim...
Eu: não Justin, eu não acho você doido, você fala demais, mas me parece legal. Então, pode me dizer o motivo de toda aquela felicidade? – fomos caminhando.
Justin: é que eu canto e agora vou entrar uma turnê mundial!
Eu: oh meu Deus que incrível! Justin isso é maravilhoso. Qual é a sua gravadora?
Justin: Island Def Jam. Por quê?
Eu: mentira! Minha mãe trabalha lá. E na quinta feira eu vou fazer um teste e se gostarem de mim, vou assinar com eles!
Justin: que coincidência! – Ele sorriu, e a propósito que sorriso lindo. Ele continuou – Boa sorte!
Eu: obrigada, e sorte pra você também.
Abraçamos-nos, não sei bem o porquê do abraço, mas senti uma coisa boa, foi estranho porém especial.
Justin: então, vai morar por aqui?
Eu: sim, acabei de chegar do Brasil. Vou morar naquela casa no final do quarteirão.
Justin: com quem vai morar lá?
Eu: só com minha mãe mesmo – desviei o olhar.
Justin: e seu pai? Você não tem irmãos?
Eu: é que meu pai já morreu e não tenho irmãos – olhei para baixo.
Justin: desculpa. Não foi minha intenção e... – o cortei:
Eu: não, já meio que me acostumei. – tentei um sorriso – E seu pai? Está em casa? Você tem irmãos? – perguntei.
Justin: bem, meus pais se separaram um tempo depois de eu nascer, tenho uma meia irmã e um irmãozinho que ainda vai nascer.
Eu: agora eu que peço desculpas. É, temos o dom de fazer perguntas indiscretas – ele sorriu; o que me fez sorrir também.
Justin: não foi nada. – ele sorriu novamente.
Eu: é melhor eu ir pra casa agora...
Justin: já, fica mais um pouco.
Eu: adoraria fica, mas minha mãe deve está preocupada.
Justin: então tá. Espera... Pode me dar seu telefone?
Eu: claro – dei meu numero pra ele, abraçamo-nos e beijamos a bochecha um do outro – até logo Justin.
Justin: ate logo Lizzy.
Fui andando virei e acenei para ele, que retornou o gesto. Cheguei lá em casa e vi mamãe ao telefone. Ia subido as quando minha subida foi interrompida pela voz dela.
Jay: Lizzy! Onde estava?
Eu: conhecendo os meus vizinhos.
Jay: ah tudo bem. E como eles são?
Eu: eles quem?
Jay: como assim “eles quem?” estou falando dos vizinhos! Onde está sua cabeça? – ela riu, minha mãe é uma comédia.
Eu: ah, foi mal, me distrai. Os vizinhos são ótimos!
Jay: alguém especial?
Eu: só um garoto chamado Justin, que é da mesma gravadora da senhora e que vai entrar em turnê em alguns meses.
Jay: já conhece o Justin Bieber? – ela falou surpresa.
Eu: já, mas não sabia que o sobrenome dele era Bieber. É um garoto muito legal! Mas conhece ele de onde?
Jay: e ainda pergunta? Da gravadora né!
Eu: ah ta. Mundo pequeno.
Jay: ok “mundo pequeno”, quer comer alguma coisa?
Eu: sim, mas antes vou tomar um banho.