sexta-feira, 22 de julho de 2011

#Part 1: Ainda no Brasil.

(Jay é o apelido da mãe de Lizzy )
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Jay: Lizzy queria sua opinião sobre uma coisa!
Eu: fala mãe.
Jay: queria voltar pra Atlanta! Mas só se você concordar. – me olhou apreensiva.
Eu: eu amo o Brasil mãe. Mas sabe aqui me lembra muito o papai, é bom lembrar, mas só me vem às lembranças daquele acidente – logo percebi que meu minha expressão facial havia mudado, então respondi: Quero sim mãe!
Jay: ok querida sei o quanto que dói, mas vamos superar juntas. Agora quero ver um sorriso.
Eu: ok – disse forçando um sorriso.
Jay: a viajem será semana que vem. Já providenciei tudo, a casa, as passagens, a mobília, tudo!
Eu: espera mãe, mas e se eu não aceitasse?
Jay: esse era um risco que eu corria. Já estava preparando isso há algum tempo.
Eu: ok Janeth! – sorri ainda com os olhos um pouco lagrimejado – vou arrumar logo umas coisas lá no meu quarto.
Jay: calma Lizzy a mudança é só semana que vem!
Eu: é eu sei, mas não quero deixar tudo pra ultima hora! Tenho que aproveitar muito, afinal vamos morar lá, e não passar férias.
Jay: assim que eu gosto. Você vai ter o resto da semana! Ah e tenho uma novidade! Eu voltei a trabalhar lá na gravadora! E mostrei seus vídeos e eles ficaram interessadíssimos em você! Vamos chegar a Atlanta na terça, e na quinta vamos lá pra eles te verem cantar e com certeza assinarem com você!
Eu: mãe está falando sério? Oh meu Deus! Não acredito! Que tudo!
Fui pro meu quarto e me joguei na cama, e fiquei pensando em várias coisas, levantei e peguei uns objetos velhos que estavam pelos cantos jogando tudo pra todo lado, depois de fazer uma bagunça no quarto resolvi arrumar mesmo. Deixei tudo bem limpo e separei o que ainda estava legal, teria pedido ajuda para Marina, mas achei abusivo de minha parte, já que ela sempre arrumava meus problemas com a casa! Depois disso tomei um longo banho, apesar do quarto não estar tão sujo, eu estava me sentindo coberta por uma montanha de poeira. Sai do banheiro com um roupão e uma toalha na cabeça. Estava tão cansada que nem comi nada, apenas deitei e apaguei. Acordei com um raio de sol batendo no meu rosto. Nem preciso dizer que estava toda descabelada e desalinhada. Ainda com o roupão voltei ao banheiro e fiquei lá quase dormindo naquela banheira com água quentinha. Sai do banho envolvida numa toalha, abri meu closet e peguei uma blusa, um short e um all star. Desci e fui pra cozinha e lá estava Marina fazendo panquecas, as melhores do mundo.
Eu: Oi Mari bom dia! Como está?  – falei sorrindo e dando um abraço nela, é como se fosse uma segunda mãe pra mim.
Mari: Estou bem e nem preciso perguntar se você está bem! – sorriu.
Eu: ah sabe como é né! – pisquei o olho – já estão prontas? – disse apontando para as panquecas. 
Mari: sim. Pegue um prato.
Peguei um prato coloquei na mesa e logo em seguida busquei o suco de laranja. Comi e fui dar uma volta ao redor da casa. Eu adorava tudo ali. Era tão lindo! As flores, as árvores, tudo. Quando percebi eram quase 12 horas. Subi pro meu quarto e fui tomar banho. Me vesti e desci para o almoço e mãe já estava com Mari. Almoçamos e eu fui descansar um pouco. Eram 03h16min e resolvi dar uma volta, ir ao shopping, sei lá, só não queria ficar em casa. Avisei pra mãe que ia sair. Chamei o motorista e sai, ele era muito calado, mais apesar de não falar nada era um bom cara.
Comprei umas coisinhas uteis e inúteis. Tomei sorvete, dispensei o motorista e fui andar pela praçinha que ficava a umas quadras de casa. Quase 8 horas voltei, tomei banho e fui dormir.
A semana passou voando já era domingo de tarde e mamãe me chamou no quarto pra conversar sobre o que íamos fazer com a casa. Pensamos em vender mais tomamos uma decisão bem melhor. Descemos pra sala e chamamos Marina.
Jay: Mari, você trabalha pra mim a um bom tempo! Me ajudou muito aqui! Queria te dar alguma coisa, mas não sabia o que dar. E agora a pouco estava falando com Lizzy e resolvemos te dar esta casa. Queria levar você, mas toda sua família está aqui. E então que acha?
Mari: Não posso aceitar! Sei que lhe ajudei bastante, mas não é pra tanto!
Jay: eu faço questão que fique com você! Estava pensando em vender, mas não seria justo, pois você trabalha aqui a muitíssimo tempo. Por favor! Aceite. É de coração.
Mari: meu Deus o que eu faço?
Eu: vai Mari aceita. Você merece.
Mari: hum, posso pensar?
Eu: pensar o que, aceita logo – olhei com animação e apreensão pra ela.
Mari: ok, ok, eu aceito – ela sorriu.
Jay: graças a Deus (risos).
Eu: OMG! MARI, GRAÇAS A DEUS! – abracei ela.
Mari: ai menina. Te adoro muito.
Jay: obrigado! De verdade! – ela deu um abraço em Mari.
Mari: eu que devo agradecer!
Eu sai e elas ficaram conversando.
Logo depois tomei banho, coloquei minha roupa. Já eram 18h30min. Sentei e fiquei pensando em como seria minha vida em Atlanta. Resolvi descer pra comer alguma coisa e fiquei conversando com Mari e mamãe. Eram 19h25min, fiquei apreensiva e percebi que Mari também estava.
Mari: vou sentir muito a falta de vocês. São como minha segunda família – lágrimas caíram.
Eu: ah Mari, não chora. Também vou sentir sua falta, e não é um adeus. Prometo que venho te visitar sempre que puder. Amo muito você – estava quase chorando.
Jay: Lizzy tem razão Mari! Te amamos!
Estava na hora! Nos despedimos e saímos. O motorista colocou as malas no carro em mais ou menos de 20min. Fiquei olhando Mari acenando e me deu um aperto no coração. Mandei um tchau e um beijo. Saímos de casa. Chegamos ao aeroporto e em 20 minutos o nosso vôo foi anunciado. Olhei para o meu relógio e marcava 20h15min. Fomos para o portão de embarque, passaporte e passagens em mãos, agora começaríamos uma vida nova. Sentamos em nossos devidos lugares, assisti ao filme “Eu odeio o dia dos namorados” e depois de quase três horas de vôo, pedi leite com cookies e dormi.

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