Fui para o meu quarto e a imagem de Justin veio em meu pensamento, sacudi a cabeça na tentativa frustrante de tirá-lo da mente. Seus olhos, sua boca, na verdade ele todo. Não sei o que se passa comigo, só sei que nunca senti uma sensação tão forte assim. Forte e muito boa. Tomei banho, fiz um make básico e me troquei. Desci e comi pizza. Avisei para mamãe que estava indo dar uma volta, ela assentiu e então sai.
Estava na calçada e escuto alguém me chamar, uma voz conhecida, aquela que não saia da minha cabeça.
Eu: oi Justin! – o abracei.
Justin: vamos à sorveteria?
Eu: vamos sim. – não estava com fome, pois já tinha lanchado, mas sorvete é sempre bom e agora tinha a companhia de Justin.
Andamos duas quadras, chegamos à sorveteria e logo fomos atendidos por uma moça.
Justin: Oi Suzan, como está?
Suzan: Estou bem, e você?
Justin: estou ótimo, praticamente no paraíso.
Suzan: que profundo. E quem é ela? Nova namorada? – falou se referindo para mim.
Justin: ah é verdade, esta é Lizzy e ela não é minha namorada. Nos conhecemos hoje.
Suzan: desculpa. Prazer em conhecê-la – sorriu gentilmente.
Eu: não foi nada. O prazer é meu – nos abraçamos.
Suzan: bem vou ao trabalho antes que o Mark venha falar no meu ouvido. Então vão querer o que?
Justin: um sorvete de algodão doce e pra Lizzy – fez uma pausa e perguntou – Lizzy, o que você vai querer?
Eu: hum vou querer um sorvete de baunilha.
Justin: é isso.
Suzan: trago num instante.
Ela saiu e Justin puxou assunto.
Justin: como é morar no Brasil? Os olhos dele estavam brilhando, eu não consegui segurar uma leve risada.
Eu: é legal. Existem muitas e muitas praias, o clima é muito bom, o pessoal é meio louco, mas apesar de tudo são legais – dei uma risada alta.
Justin: agora percebi a loucura do povo brasileiro – ele riu igual a mim.
Eu: acho que você é brasileiro...
Justin: por quê? – ele falou sem entender.
Eu: deixa pra lá... O sorvete já tá vindo.
Justin: oba. Já estava na hora.
Suzan: bom apetite.
Tomamos o sorvete e conversamos sobre a mudança em sua vida e como ele estava reagindo a tudo. Saímos da sorveteria e caminhamos ate uma praçinha e ficamos apenas observando as pessoas ali. O silencio que eu achava perturbador tornou-se natural. Estávamos um bom tempo na praça e já estava escurecendo. Quebrei o silêncio naquele instante.
Eu: Justin, já está escurecendo. A hora passou depressa.
Justin: nossa, nem percebi. Vamos pra casa.
Eu: vamos. Adorei passar essa tarde com você.
Justin: eu também adorei ficar com você... Quer dizer não ficar ficando... To falando de ter passado à tarde com você – respirou quase sem fôlego.
Eu: não precisa explicar, eu entendi o que você quis dizer – gargalhei e ele ficou vermelho.
Chegamos na minha casa dei um beijo em sua bochecha, nos despedimos e entrei.
Jay: Você e o Justin estão namorando? – perguntou minha mãe logo que eu entrei.
Eu: oi pra senhora também mãe – falei com sarcasmo.
Jay: Lizzy, você é muito nova para namorar.
Eu: mãe eu e o Justin não estamos namorando. Nem nos conhecemos direito.
Jay: mas você tem uma queda por ele, não é?
Eu: mãe! Por favor. Se acontecer alguma coisa entre o Justin e eu a senhora será a primeira a saber.
Jay: você fala como se já fosse gente grande. Você tem apenas quatorze anos.
Eu: e você tá agindo como uma adolescente!
Jay: olha como fala.
Eu: não falei nada demais – dei de ombros.
Jay: dá logo um abraço antes que fique de castigo.
Abracei-a e subi para meu quarto, tomei um banho e dormi cedo mesmo.
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